O incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, ocorrido na noite de domingo para segunda, ganhou repercussão na 67ª Sessão Ordinária, durante o discurso do vereador Rodrigo Paixão (REDE). O parlamentar comentou o caso e o descaso de agentes políticos com a cultura e história do país, e aproveitou para pedir atenção do Executivo ao patrimônio municipal.
“Com muita tristeza acompanhei as notícias sobre o incêndio no Museu Nacional. O acontecimento me pareceu como algo bárbaro, uma metáfora para um país que está derretendo, pegando fogo, que vive um momento de perda de direitos dos cidadãos”, afirmou.
O parlamentar ainda se disse impressionado com a repercussão do caso entre os agentes políticos, que dizem ser solidários à cultura e história nacional. “Gente como o Michel Temer, que acabou com o orçamento do Museu, e gente que aprovou emenda constitucional que limita brutalmente os gastos com saúde, educação, cultura e esporte vão para a TV lamentar o ocorrido, se dizer a favor da população e, obviamente, pedir voto. Quais são os interesses dessa gente? Defender o povo ou os banqueiros? Defender os direitos dos cidadãos ou classes e gangues da política nacional”.
Além do lamento, Rodrigo Paixão aponta que o acontecimento serve de reflexão para a adoção de novas medidas públicas, e citou o descaso da Prefeitura de Vinhedo com o arquivo municipal, escolas e demais prédios públicos que sequer tem alvará dos bombeiros.
“Um país que não cuida da sua história e cultura não é nada. Vinhedo é uma cidade centenária, embora não de emancipação, e mesmo assim as pessoas daqui não se preocupam com nossa história, basta ver que tacaram fogo em nossa Estação Ferroviária e nada tem sido feito para preservar o local. O mesmo pode-se falar da Fazenda Cachoeira, que registra de dois a três incêndios por ano”.
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Fonte: Gabinete do Vereador Rodrigo Paixão (REDE)