Relator da Comissão de Saúde, Edu Gelmi...

A Audiência Pública da Saúde, realizada na manhã de sexta-feira, 17, gerou uma série de debates entre os vereadores e o secretário de Saúde, Alexandre Viola, acerca de algumas mudanças adotadas pela Pasta nesse início de ano. Edu Gelmi (PMDB), relator da Comissão de Saúde da Câmara, questionou uma série de decisões tomadas pela Secretaria em 2017.

A proposta de descentralização dos serviços do Centro de Estudos e Reabilitação (CER), que após severas críticas do legislativo, de profissionais e de usuários do serviço, foi remodelada pela Secretaria foi um primeiro tema abordado pelo vereador na audiência. “A Prefeitura tem tomado decisões abruptas e, depois das críticas, corre atrás do erro. No caso do CER, mesmo que a descentralização correspondesse a um percentual reduzido dos serviços oferecidos, ela afetava de sobremaneira os usuários. Se retirassem o serviço de fonoaudiologia da Capela, por exemplo, o usuário residente na região teria de pagar com seu próprio bolso o transporte até a Unidade Básica de Saúde que passaria a oferecer o atendimento dessa especialidade. Acredito que a Secretaria foi coerente em abrir mão do projeto original, mas é triste ver que a decisão só foi revertida depois que o assunto tomou grandes proporções. Porque é preciso que antes o tema estoure na mídia e na promotoria para só depois ser apresentada a solução? Nosso pedido sempre foi para que não retirassem o serviço da Capela e esse é um assunto que já considero morto por ter sido resolvido, porém, ao invés de nós termos entrado em contato com os profissionais do CER para entender e ouvir suas queixas, a própria Secretaria deveria ter promovido esse diálogo”.

Após a abertura de perguntas à população, Edu Gelmi questionou a previsão de gastos com folha de pagamento apontada pelo secretário como em torno de R$ 70 milhões, mais da metade dos R$ 108 milhões aprovados para orçamento da saúde em 2017, que corresponde a 25% do orçamento total do município. “Fica tranquilo que nesse ano a Secretaria não gastará com folha de pagamento mais do que R$ 55 milhões, até porque, se isso acontecer, pode fechar a Secretaria de Saúde, pois estará quebrada”.

O alto gasto com saúde na cidade também ganhou comentários do vereador. “Em 2012 nós fomos agraciados com a UPA, e, além dela, já tínhamos a Santa Casa, cuja média de repasse mensal era de R$ 1,2 milhões. Hoje gastamos com a UPA os mesmos R$ 1,2 milhões por mês, com a Santa Casa em torno de R$ 1,4 milhões, mantemos a rede básica e ainda temos gastos com o Galileo e outros serviços. Os gastos cresceram, mas nosso orçamento cresceu cerca de 127%. Não é possível que com todo esse orçamento ainda tenhamos problema na saúde, isso é falta de gestão. Se procurar a média de outras cidades do mesmo tamanho que Vinhedo, o nosso orçamento da Saúde corresponde ao orçamento total desses outros municípios, mas mesmo com esse orçamento privilegiado a cidade quase quebrou. O que esperamos é que os recursos sejam otimizados, ou que gaste todo o previsto mas a população seja adequadamente atendida”.

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Fonte: Gabinete do vereador Edu Gelmi (PMDB)