Na noite dessa quinta-feira, 29, o vereador Rodrigo Paixão (REDE) promoveu o lançamento de seu livro “Vinhedo: das aldeias indígenas aos condomínios fechados” em um bate-papo realizado na livraria e café Livri, situada na Rua Benedito Storani.
O livro, de autoria do vereador, foi publicado pela Editora Horizonte, da também munícipe vinhedense Eliane Oliveira.
Prestigiaram o lançamento o presidente da Câmara de Vinhedo, vereador Nil Ramos (PSDB), e os também parlamentares vinhedenses Edu Gelmi (MDB), Edson PC (PFT), Flávia Bitar (PDT), Geraldinho Cangussú (PV), Paulinho Palmeira (PV) e Sandro Rebecca (PDT); o vereador de Campinas Ailton da Farmácia (PSD); os ex-vereadores vinhedenses Dario Pacheco, Hamilton Port e Marta Leão; e a vice-prefeita e secretária de Assistência Social Claudineia Vendemiatti Serafim.
O evento consistiu em um debate inicial, no qual participaram o autor Rodrigo Paixão, que além de vereador é professor, cientista político, especialista em Gestão Publica e mestrando em Planejamento e Gestão de Território pela Universidade Federal do ABC; Fernando Antônio Abrahão, mestre em História Social do Trabalho pela Unicamp e doutor em História Econômica pela USP, por 30 anos diretor da área de arquivos históricos do Centro de Memória da Unicamp, presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas, autor de diversos livros; e Jean Camoleza, historiador e educador, mestre e doutorando em Ciência da Informação pela Unesp, foi diretor do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí e do Centro de Memória de Jundiaí, e atualmente é pesquisador do Centro de Documentação e Memória da Unesp.
Após o pronunciamento dos três, o debate foi aberto ao público, que fez diferentes perguntas e levantou questionamentos que podem dar norte para o lançamento de futuras obras semelhantes. Ao final do debate foi iniciada a sessão de autógrafos.
“Sempre me indaguei sobre a origem das coisas, e tinha uma curiosidade em especial sobre o surgimento de cidades. Essa era minha grande curiosidade sobre Vinhedo. Nossa cidade teve contato direto com a colonização, e a história até então sabida de Vinhedo é uma cronologia empobrecida, sem desmerecimentos. Vinhedo é produto de questões macropolíticas, de disputas comerciais, de resistência quilombola e do recebimento de imigrantes”, explicou Rodrigo Paixão ao abrir o evento.
O livro traz aspectos históricos sobre Vinhedo até então pouco ou nada conhecidos, como sua origem como aldeia indígena, passando por pouso, sesmaria, fazendas de açúcar, café, uva até se constituir na cidade atual, conhecida pelos inúmeros condomínios fechados de alto padrão.
Em Vinhedo ficava localizado o Quilombo Rocinha, entre o córrego da Capela e Rio Capivari, o maior da história do Estado de São Paulo, responsável pelo rompimento de cativeiros em toda atual Região Metropolitana de Campinas e áreas além, como o atual município de Limeira.
Originalmente parte de Jundiaí, que chegou a ter uma área que se estendia de Campinas à Passos, já no atual Estado de Minas Gerais, Vinhedo se emancipou em 1949, anos antes de muitas cidades importantes da RMC, como nossa vizinha Valinhos.
A origem do capitalismo moderno brasileiro também teve suas raízes em nossa cidade. As famílias Monteiro de Barros e Silva Prado, umas das maiores e mais influentes do Estado de São Paulo no passado, travaram acirradas disputas comerciais em terras vinhedenses.
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Fonte: Gabinete do vereador Rodrigo Paixão (REDE)