Durante a 119ª Sessão Ordinária, o presidente Edu Gelmi (MDB) apresentou importantes temas que devem ser tratados no Plano Diretor de Vinhedo. O vereador destacou a necessidade de planejamento dos recursos hídricos e afirmou que é necessário aceitar a atual realidade de escassez e adotar medidas urgentes para corrigir o problema no futuro.
“Tenho acompanhado as reuniões e discussões do Plano Diretor e é necessário compreender que, de fato, temos estiagem, assim como ocorre em outras cidades. Isso é uma questão natural, em alguns anos a estiagem é maior, em outros menor – mas existe, enquanto o planejamento da Prefeitura é zero…”, lamentou Edu Gelmi.
O presidente da Casa de Leis de Vinhedo usou exemplos para comprovar sua afirmação de falta de planejamento na gestão do Executivo Municipal: “na ETA 3, do São Joaquim, foram gastos R$ 13 milhões e a estação não funciona; a ETA 2, na Capela, que poderia ter sido ampliada com valor muito menor, não foi melhorada; e a água do Capivari, que poderia ser tratada na ETA 2 e contribuir para o abastecimento na Capela – mas que novamente nada foi feito”.
Para reforçar a necessidade de reflorestamento nas nascentes, Edu Gelmi citou estudo contratado pela Prefeitura ainda na época do Plano Diretor vigente, mas que, segundo o vereador, até o momento não foi aplicado. “Há cinco anos, estudo feito pelo professor Rinaldo indicava que as nascentes teriam que ser reflorestadas. Faz anos que se discute Plano Diretor e não fizeram nada no reflorestamento – então não vai aumentar o volume de água produzido dentro da nossa municipalidade”, alertou o vereador.
O presidente do Legislativo vinhedense criticou a decisão pela verticalização da cidade sem o necessário enfrentamento da crise hídrica e discursou: “definiram verticalizar o município e permitir prédio de oito andares. Temos água para isso?”.
Edu Gelmi alertou para o fato de que mesmo sem água Vinhedo tem vários empreendimentos imobiliários em fase de construção e, ainda, ressaltando a responsabilidade dos vereadores na análise, discussão e votação do Plano Diretor.
“Não tem como produzir água do dia para a noite e, em Vinhedo, já pipocam prédios de quatro andares, inclusive o ‘Minha Casa, Minha Vida’ – que na verdade não atendem o cidadão que está na lista espera por uma casa própria, mas sim os interesses do empresário, e isto é um direito do empreendedor. Acontecem coisas difíceis de entender em Vinhedo, mas o fato é que esse Plano Diretor vai chegar aqui, na Câmara, e então essa Casa vai ter que definir o que será feito”, concluiu Edu Gelmi.
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Fonte: Gabinete da Presidência | Vereador Edu Gelmi (MDB)